O universo financeiro brasileiro está prestes a passar por uma transformação sem precedentes. Com o avanço do Open Finance, consumidores e empresas terão acesso a soluções mais ágeis, personalizadas e seguras, redefinindo a relação com bancos, fintechs e demais instituições.
O Open Finance representa uma evolução do Open Banking. Ele promove o compartilhamento padronizado, seguro e consentido de dados e serviços financeiros entre bancos, corretoras, fintechs, seguradoras e outras instituições, sempre com o aval do cliente.
Ao ampliar o escopo de participantes, o sistema busca estimular inclusão financeira e competitividade, fomentando novas ofertas e experiências customizadas para cada perfil. Desde 2024, o modelo se expande de forma acelerada, integrando produtos de investimentos e seguros.
Em julho de 2024, o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional atualizaram as regras do Open Finance. Essas alterações visam consolidar a governança do ecossistema e acelerar inovações como o Pix por aproximação.
As principais normativas que entram em vigor em 1º de janeiro e 1º de julho de 2025 são:
Além disso, houve a ampliação do rol de participantes obrigatórios: conglomerados com mais de cinco milhões de clientes e grupos vinculados a instituições já participantes passam a integrar o sistema.
A partir de 2025, o Open Finance contará com uma nova estrutura de governança definitiva, dotada de CNPJ próprio e uma diretoria ampliada de sete para dez cadeiras. Representantes da Febraban, ABBC, novas categorias de instituições e independentes garantirão maior equilíbrio.
O modelo une custeio e poder decisório, distribuindo responsabilidades conforme o patrimônio das instituições. Transparência, prestação de contas e padrões técnicos e éticos rigorosos estarão no cerne das operações.
Em 2024, o Open Finance ultrapassou 42 milhões de usuários, revelando alto grau de aceitação e impacto prático. O sistema progride em fases, incluindo novas funcionalidades que ampliam o leque de serviços.
O crescimento reflete o interesse de consumidores em soluções financeiras mais transparentes e ofertadas em ecosystemas integrados. Fintechs e bancos tradicionais competem pela preferência por meio de aplicativos e ferramentas inteligentes.
Com as atualizações regulatórias, espera-se uma facilitação do Pix por aproximação, reduzindo etapas e tornando o pagamento instantâneo ainda mais prático. A partir de fevereiro de 2025, essa modalidade estará amplamente disponível.
Entre os novos produtos em estudo, destacam-se:
Garantir a prioridade fundamental de segurança e privacidade é desafio central para a Associação Open Finance (AOF), criada em 2024. A organização padroniza processos e fiscaliza a interoperabilidade.
Todos os dados só podem ser compartilhados com o consentimento expresso do cliente e para finalidades específicas. Em 2025, o foco estará na melhoria da qualidade dos dados, no aumento de participantes e em novas camadas de proteção contra fraudes e falsidade ideológica.
O futuro do Open Finance no Brasil aponta para personalização e automação de serviços bancários. A integração entre fintechs, bancos e seguradoras deve gerar experiências fluídas, com recomendações de produtos baseadas em inteligência artificial.
Espera-se maior inclusão financeira, redução de custos operacionais e abertura de oportunidades para PMEs e consumidores. O Banco Central já traçou um roadmap até 2026, definindo prioridades que serão divulgadas periodicamente.
Em síntese, o Open Finance não é apenas mais uma norma regulatória: é a base para um sistema financeiro mais transparente, competitivo e centrado no usuário. Os próximos anos prometem inovações que transformarão a forma como guardamos, movimentamos e investimos nosso dinheiro.
Referências