Em um mundo cada vez mais conectado e consciente, o conceito de ESG vem ganhando força como vetor de mudança. Ao investir com critérios ambientais, sociais e de governança, é possível conciliar lucros e propósito, promovendo um impacto positivo na sociedade sem abrir mão da rentabilidade.
Nesta jornada, exploraremos números, tendências e estratégias que fundamentam o crescimento dos fundos ESG, com foco no Brasil e no contexto global.
Investimento ESG refere-se à alocação de capital em empresas que adotam práticas responsáveis em três pilares: ambiental, social e governança. Esse movimento ganhou força diante da pressão por sustentabilidade corporativa e transparência.
Ao avaliar critérios como emissões de carbono, diversidade de equipe e estrutura de conselho, investidores buscam mitigar riscos e se antecipar a mudanças regulatórias e de mercado que podem afetar o desempenho financeiro.
Hoje, os ativos sob gestão ESG superam um terço do total global. Segundo a Bloomberg Intelligence, esses recursos podem alcançar US$ 53 trilhões até 2025, reflexo da crescente conscientização sobre sustentabilidade.
Empresas alinhadas aos critérios ESG atraem mais capital e demonstram resiliência e inovação diante das demandas do mercado. Por outro lado, companhias com desempenho inferior nessas métricas enfrentam dificuldades no acesso a financiamentos e podem ser excluídas de índices de referência.
O Brasil acompanha essa tendência global. Em 2025, o patrimônio dos fundos ESG brasileiros atingiu R$ 34 bilhões sob gestão em 2025, apresentando um crescimento de 28% no acumulado do ano.
Atualmente, são 193 fundos ESG ativos no país, divididos entre aqueles com compromisso formal e os que consideram fatores ESG em suas análises. O interesse maior tem sido observado em renda fixa, impulsionado pelo cenário de juros elevados, enquanto fundos de ações registraram uma leve retração.
A performance robusta dos fundos ESG é um dos principais atrativos. Investidores não buscam apenas retorno financeiro, mas também contribuir com causas sociais e ambientais relevantes. Critérios ESG permitem mitigar riscos e captar oportunidades, tornando as carteiras mais equilibradas.
Além disso, a avaliação ESG passou a ser um fator decisivo para acesso a crédito e valuation de empresas. Corporações com fortes notas em governança, diversidade e sustentabilidade geram maior confiança em investidores institucionais e de varejo.
Empresas brasileiras com alto desempenho em ESG atraem investidores internacionais com maior facilidade. Isso resulta em captação de recursos para expansão e inovação, especialmente nos setores de energia, finanças e indústria.
No setor energético, companhias de energias renováveis têm se destacado em leilões e em projetos de eficiência. No mercado financeiro, bancos lançam linhas de crédito verdes. Na indústria, iniciativas de economia circular e redução de resíduos se multiplicam.
Para quem deseja aproveitar o potencial dos investimentos ESG, é fundamental adotar uma abordagem estruturada:
Investir seguindo critérios ESG é mais do que uma tendência: é um compromisso com o futuro do planeta e das comunidades. Ao unir retorno financeiro e responsabilidade social, o investidor contribui para um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável. Prepare seu portfólio, alinhe seus valores e faça parte dessa transformação.
Referências